(Série Cinismo n. 8 )
O PERFUME
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Eu fui embora, é verdade...
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Mas na hora, só por maldade,
- como quem não quer nada -
larguei sobre nossa cabeceira,
ao lado de um velho retrato,
num ato muito bem pensado,
um frasco do meu perfume...
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Deixei-te no cristal, engarrafado,
o meu cheiro bastante amado
que, de incríveis ciúmes, te matava
pois teus queixumes ele acordava.
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Nele fiquei inteira e, para ti, eternizada!
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Silvia Regina Costa Lima
12 de Abril de 2008