"MATRIZ"
Há homens assim ... aquele era.
um pé no real/outro na quimera,
e Ela, na espera:
- Muito e muito a amava, e à casa voltava
arrependido demais! Mas não resistia
e, de novo, ele ia,
às tardes se entregar a prazeres só da carne
com as ditas filiais - que dele nada mais viam,
e muito pouco sabiam,
tão tolas, as tais coitadas, em sua lábia caiam
Várias fãs, sim, ele tinha - só que elas não sabiam
que estas outras existiam.
Porque quando se está na cama/tudo é fogo/tudo é lama
- tudo é tão.. tão drama! 'Criam-se' palavras - isso é fatal
e elas fluem fácil ... que banal!
É assim que por aí se fala: Ai, ai, meu bem/meu mal
seja no calor do colchão ou no chão de qualquer sala
sempre em nome do tesão e coisa e tal.
E inda chamam de "amor" a qualquer pobre ilusão!!!
Até que tudo arrefece, pois sempre acaba e fenece,
o que é mero vulcão...
......
Então, ele voltava aos braços da amada
que, com maestria, a tudo sempre bem via -
de tudo sempre sabia.
Reinava ali, absoluta, pois o nauta ela recebia
como senhor e menino - seu amante bem latino.
"Ah, que grande atriz!!!"
E ele aos pés dela depusera seu espírito e seu nome
sua dor e sua fome sua casa e sua prole
enquanto assim a nomeava:
"Minha rainha e namorada.senhora, puta e menininha
Mulher única - a verdadeira, para sempre minha eleita:
- primeira e eterna Matriz"
Afff ... que danadinha!!!
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Silvia Regina Costa Lima
SILVIA REGINA COSTA LIMA
Enviado por SILVIA REGINA COSTA LIMA em 24/02/2008
Alterado em 18/05/2009