"Se alguma vez, nas escadarias de um palácio, na relva verde de um fosso, na solidão sombria de seu quarto, você despertar já sóbrio ou quase, pergunte ao vento, à onda, ao pássaro, ao relógio, a tudo o que foge, a tudo o que geme, a tudo o que rola, a tudo o que canta, a tudo o que fala, pergunte que horas são: e o vento, a onda, a estrela, o pássaro, o relógio responderão: È hora de inebriar-se! Para não ser um martirizado escravo do Tempo. Inebrie-se, inebrie-se sem parar! Mas inebriar-se de que? De vinho, de poesia ou de virtude, como quiser. Mas inebrie-se!''
Baudelaire