SILVIA REGINA LIMA
Escrevo e me transporto para dentro daquilo que escrevi.
Textos
SUA PARTIDA
Você me viu nascer da mesma Flor
feita pelo mesmo pai e pelo amor.
Você me segurou no colo e brincou,
do meu riso e rostinho você gostou.
Fazendo a lição, você me ensinou
a ler com cinco anos, sem enganos
e, também, a começar a escrever.
Depois divertiu-se lendo os vários
diários, deixando-me muito irada!
Herdei as suas roupas reformadas,
andamos de carro em mil estradas,
trabalhamos juntas no mesmo local,
comemos ameixas de nosso quintal.
Vimos os anos dourados e a ditadura,
aprendemos valores e amar literatura.
Assistimos partirem parentes doentes
e, crianças, estivemos juntas no Natal,
curtimos a Páscoa... ovos e coelhinho,
fizemos faxinas, tivemos a cadela Dolly.
É, mas nem sempre foi tudo tão mole:
às vezes, a gente pensava diferente,
coisas assim que irmão sempre sente,
mas logo se perdoava e uma aprendia
com a outra, visto que a gente se curtia.
Fomos viajar para os lados de Minas
e por ali nos sentimos feito meninas -
foi tudo tão gostoso, uma doce delicia,
ouvir dizer que amavas minha Poesia.
Ah! Como hoje eu me sinto mais só,
se na trajetória que sigo há tanto pó,
silêncio, melancolia e farta saudade,
pois agora, o mundo ficou mais feio,
bem mais pobre... bem mais deserto.
Não sei se isso, a Partida, está certo,
sem você, Nara, minha irmã querida,
mais difícil é o meu solitário caminho
e mais dura para mim será essa vida.
Sinto dor... mas suas janelas bonitas
não fecharão - serão sempre floridas -
regadas por meu afeto e meu carinho.
Silvia Regina Costa Lima
2 de agosto de 2017// 2 de setembro de 2017
___________________________________________
Para minha irmã Nara Lúcia Costa - (saudades)
FACEBOOK :
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=2001082839917617&set=a.165788316780421.45033.100000477625188&type=3&theater
Você me viu nascer da mesma Flor
feita pelo mesmo pai e pelo amor.
Você me segurou no colo e brincou,
do meu riso e rostinho você gostou.
Fazendo a lição, você me ensinou
a ler com cinco anos, sem enganos
e, também, a começar a escrever.
Depois divertiu-se lendo os vários
diários, deixando-me muito irada!
Herdei as suas roupas reformadas,
andamos de carro em mil estradas,
trabalhamos juntas no mesmo local,
comemos ameixas de nosso quintal.
Vimos os anos dourados e a ditadura,
aprendemos valores e amar literatura.
Assistimos partirem parentes doentes
e, crianças, estivemos juntas no Natal,
curtimos a Páscoa... ovos e coelhinho,
fizemos faxinas, tivemos a cadela Dolly.
É, mas nem sempre foi tudo tão mole:
às vezes, a gente pensava diferente,
coisas assim que irmão sempre sente,
mas logo se perdoava e uma aprendia
com a outra, visto que a gente se curtia.
Fomos viajar para os lados de Minas
e por ali nos sentimos feito meninas -
foi tudo tão gostoso, uma doce delicia,
ouvir dizer que amavas minha Poesia.
Ah! Como hoje eu me sinto mais só,
se na trajetória que sigo há tanto pó,
silêncio, melancolia e farta saudade,
pois agora, o mundo ficou mais feio,
bem mais pobre... bem mais deserto.
Não sei se isso, a Partida, está certo,
sem você, Nara, minha irmã querida,
mais difícil é o meu solitário caminho
e mais dura para mim será essa vida.
Sinto dor... mas suas janelas bonitas
não fecharão - serão sempre floridas -
regadas por meu afeto e meu carinho.
Silvia Regina Costa Lima
2 de agosto de 2017// 2 de setembro de 2017
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SILVIA REGINA COSTA LIMA
Enviado por SILVIA REGINA COSTA LIMA em 02/09/2017
Alterado em 02/09/2017
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Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.
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