Textos
Soneto n. 303
AS NOVAS ROSEIRAS
Antes, enfim, que a vida termine
e que o fim de tudo se determine;
antes (muito antes) da escuridão
apossar-se da alma e do coração.
Eu (ainda que hoje a isso abomine),
farei com que minha mão assassine,
que queime cada poema meu... então
serão os de amor... saudade, solidão.
Destarte... eles transcenderão a mim,
em mil cinzas espalhadas pelo jardim,
assentando minhas memórias inteiras.
Depois, lá dos espaços azuis e abissais,
verterei dos olhos lágrimas de cristais
que fecundarão todas as novas roseiras.
Silvia Regina Costa Lima
21 de agosto de 2012
Obs: Soneto somente do eu-lírico, não pretendo queimar nenhum poema antes de morrer para servir de adubo às flores, mesmo sendo uma linda ideia, mas deixá-los como recordação minha....rs._____________________________LANÇAMENTO:
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Enviado por SILVIA REGINA COSTA LIMA em 01/04/2014
Alterado em 09/04/2014
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