Soneto n.238
FOGO CRISTALINO
O tempo está frio, meio glacial;
brancas estão essas calçadas,
e as vidraças todas fechadas,
porque neva de modo natural.
Nesse lugarejo, meio medieval,
as pessoas (muito apressadas)
se dirigem para suas moradas,
posto ser hoje a noite de Natal.
Mas, em mim, um Portal se abre
e, feito flor, a minha dor reabre
brotando como fogo cristalino.
Então, eu peço a Jesus Menino
que ilumine o meu triste ninho
- e console quem está sozinho.
Silvia Regina Costa Lima
9 de dezembro de 2011
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