Textos
Soneto n.160VOLÚPIA
Foi você que tirou minha inocência,
não apenas do corpo, mas da mente,
com a sua volúpia quase indecente,
beirando, imprudente, a decadência.
Sim - foi você - com a sua ardência,
foi a sua voz de uma fala envolvente,
e o seu olhar... castanho e fremente
- tão senhor de nenhuma clemência.
Se o meu pecado sorvo em agonia,
numa taça de veneno (e de alegria)
- é rubra a paixão do seu fascínio.
Eu nem sei mais o que será de mim,
pois sou rendida presa desse festim,
na bela cidadela sob o seu domínio.
Obs: um soneto apenas do 'eu-lírico'.
SILVIA REGINA COSTA LIMA
Enviado por SILVIA REGINA COSTA LIMA em 10/10/2010
Alterado em 24/06/2017
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