Ah! Por que me aborreceis, Senhora? Não vedes que todo eu me desespero anelando, sem detença, vossa presença? Estou já, e de há muito, a fé a perder por tanto e tanto vos amar e querer ontem ... hoje ... e mais ainda agora e trago-vos este ultimato ou pedido a provar que há muito estou perdido!
Por quem sois, linda Senhora, ouçais meu queixume e meus ais, pois também vós não me desejais? Estou sendo bastante sincero: acredito que estou a merecer-vos, como um vassalo ou mesmo servo, derrotado e totalmente enamorado a rogar que não mais me confundais!
Repito-vos: Eu muito vos quero, completamente eu vos venero, porque só almejo a boa hora de ofertar toda a vida minha, de meu ser dizer que vos adora (seja dia, seja noite ou na aurora) coroando-vos a doce rainha de meu Amor tão forte e fero:
- Só por isso eu vivo, só por isso espero! *** Silvia Regina Costa Lima 10 de janeiro de 2009
*** Na Idade Média, os vassalos ofereciam ao senhor ou suserano, fidelidade e trabalho em troca de proteção e um lugar no sistema de produção. As redes de vassalagem estendiam-se por várias regiões, sendo o rei o suserano mais poderoso.
Vassalagem é o estado ou condição do vassalo = a submissão. Aqui no poema é apenas uma vassalagem amorosa, claro.
SILVIA REGINA COSTA LIMA
Enviado por SILVIA REGINA COSTA LIMA em 25/07/2010