Insone, de passagem pelo sonho,
abro o leque dos sete segredos
e solto-os pelos vãos dos dedos
nos versos que sempre componho.
Se não sei agora onde os ponho,
não é somente por serem medos,
mas por causa de certos enredos
aos quais eu sempre me oponho.
Medonho é quedar assim ausente,
doente, a alma cheia de memória:
o passado enroscado no presente.
Ah! É justamente a tua ausência
que me afeta a vida (e a história)
e me põe aos pés desta demência!