Soneto n.141
Minha alma se debruça agora
cheia de verdadeiro espanto,
seja de dia ou à luz da aurora,
a derramar o seu próprio canto.
Ela avista tudo o que adora
tocada de bem puro encanto,
e é quando meu verso aflora,
retirando - do Amor - o manto.
Tudo o que respira - é movimento.
Tudo o que se move - é sentimento.
E tudo o que se sente - reverbera.
Nosso espírito é Luz incandescente
em contraponto ao corpo e à mente
- tão certo quanto volta a primavera!
Silvia Regina Costa Lima
1 de junho de 2010