SILVIA REGINA LIMA
Escrevo e me transporto para dentro daquilo que escrevi.
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Textos
HAITI...  e o Mundo acordou....


Eu disse a mim mesma que não ia escrever nada sobre isso, pois li a semana toda dezenas de textos sobre o Haiti e poemas intensos, sensíveis, sinceros, comoventes sobre a dor de todos nós por tal tragédia. Li e vi as fotos inacreditáveis do que ali restou...

É, mas eu vi também o que o Haiti era "antes" desse terremoto. Vi e fiquei revoltada! E deixo aqui minha pergunta:

Como se permite que haja tanta miséria humana "escondida" num Mundo tão globalizado e rico, não só de dinheiro como de informação? Como se permite que irmãos vivam como animais em meio ao lixo, ao esgoto, com fome, em total carência de tudo?

É uma vergonha!!! Tanto desperdício em tantos lugares e tanta carência em outros. E será
mesmo preciso acontecer algo assim para que todos  se levantem e vejam?

Então, no fim, a natureza se levanta e obriga o Mundo a acordar, a olhar (sem desviar os olhos do que não gosta de ver...) para um lugar assim e ver a Fome muito "anterior"  instalada nos olhos enormes do menino; olhar a dor conformada nos olhos de idosos vivendo em frente ao esgoto e sem possuir atendimento hospitar para suas doenças; o desencanto dolorido nos olhos do pai que não tem o pão para levar pra casa, e a luta ferrenha nos olhos e no gesto guerreiro das mães que, frente à desgraça, jamais se entregam. Não! Elas não se entregam mas fazem biscoitos de argila para dar aos filhos para que eles não morram de fome! Eu disse ARGILA...

Não há palavras que saibam expressar a DOR no olhar de alguém que mora no fim do mundo esquecido do Mundo e, sabe-se lá, de Deus até...e que me perdoe a divindade por essa revolta aqui e agora.

Não
mais esperemos haver um sismo ou tragédia de qualquer natureza para "acordar e ver" e não nos esqueçamos também da dor dos brasileiros, que tudo perderam em recentes enchentes.

Não é preciso acender uma vela num templo distante para fazer Luz, já bem nos ensinou a sabedoria milenar, e eu também digo: não é preciso esperar tanta dor para ajudar alguém. Comece perto de sua casa!!!

Tantas são as formas de ser solidário, tantas .. dê um par de sapatos para a menininha descalça e uma oportunidade de estudo ao menino que está todos os dias no farol. Dê uma chance ao talento meio escondido de alguém. Compre remédio para um idoso e dê trabalho a um pai desempregado.

Tenho certeza que ao menos esses olhos sorrirão!


Silvia Regina Costa Lima
17 de janeiro de 2009








                      HAITI ANTES DO TERREMOTO



O Haiti é uma ilha do tamanho do estado de Alagoas e uma população de cerca de 9 milhões de pessoas. Cerca de 85% delas estão na zona rural.

Terra de belezas e contrastes, localizado no Caribe, banhado ao norte pelo Oceano Atlântico e ao sul pelo Mar do Caribe.


assolada por catástrofes naturais, como enchentes



por excessiva pobreza


e por  tremenda corrupção,


Cerca de 60% do que é consumido vem de importações e de doações de outros países.

Não existe água tratada.

Não tem energia elétrica na maior parte do país.


Não existem hospitais.

As escolas são poucas e ainda pagas pela população.


As atividades comerciais se resumem ao vende-vende de bugigangas

e de produtos alimentícios (de qualidade duvidosa) em “feiras” e beiras de estradas,

além do frenesi dos tap-taps (carros velhos e batidos que fazem o transporte coletivo).

No Haiti não há ônibus para a locomoção das pessoas.

porém tem suas belezas naturais,

e um potencial enorme para o turismo

cercado do
lindo mar verde-azulado do Caribe




CURIOSIDADES:

No século XVIII, o Haiti, então chamado de Saint-Domingue, e governado pelos franceses, era a mais próspera colônia no Novo Mundo. Seu solo enormemente fértil produzia uma grande abundância de colheitas e atraiu milhares de colonizadores franceses.

Desde o período de colonização o Haiti possui uma economia primária. Produzia açúcar de excelente qualidade, que concorreu com o açúcar brasileiro no século XVII e junto com toda produção das Antilhas serviu para a desvalorização do açúcar brasileiro na Europa.

Após vários regimes ditatoriais, hoje em dia seu principal produto de exportação ainda continua sendo o açúcar, além de outros produtos como banana, manga, milho, batata-doce, legumes, tubérculos e muito mais.
Atualmente sua economia encontra-se destroçada e em ruínas.

O país permanece extremamente pobre, sendo o mais pobre da América e de todo Hemisfério Ocidental, tão miserável como Timor-Leste, Afeganistão, entre outros. 45,2% da população é analfabeta, a expectativa de vida é de apenas 60,9 anos. Sua renda per capita é um-terço da renda da favela da Rocinha, no Rio de Janeiro.
 


SILVIA REGINA COSTA LIMA
Enviado por SILVIA REGINA COSTA LIMA em 17/01/2010
Alterado em 18/01/2010
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