Soneto n.111 Esta noite eu irei ao teu hotel,
liberta - e muito mais feminina -
mais tua mulher menos menina,
e vou ser a Rainha do teu cordel.
Que me cantes como Menestrelfeito uma flor ferina - e divina
pois se essa será a nossa sina,
façamos do mundo uma Babel.
É, eu irei para ti plena e profana,
uma Dama de Paus em tua mão,
não mais santa, apenas humana.
...
Ahh! ... Vou te matar com meu beijo
vou afogar a tua ânsia de paixão
e apagar teu fogo com o meu desejo!
***Silvia Regina Costa Lima
20 de novembro de 2009
PRESENTE DE AMIGOS:
Miguel Jacó
Se tu vens ao meu hotel estarei te esperando,
Porem não mais desejando teus carinhos arredios,
Já sinto até calafrios de pensar nos teus ataques,
Quem dera me fosso um fato está isento de ti...
Já me fostes desejada com todo fervor do mundo,
Mas teu orgulho profundo te impediu de me amar,
Agora deves se encontrar na ribanceira do abismo,
Fugindo do realismo tentas vir a me consolar..
As tuas vestes de santa derrocaram no teu ego,
Agora só tens um prego onde penduras as magoas,
Te desnudas em afagos isto não me impressiona...
Meus desejos já dormentes melhor repousar em paz,
Não se leva o que não traz também na forma de mor,
Nosso tempo já passou se esqueça e descanse em paz...
Excelente soneto Silvia, parabéns
e tenha um lindo dia...
MJ.
oklima
ÁS DE COPA
Vestindo, tão somente, a luz da lua
O seu cheiro de sexo me dopa
Atiçando o desejo que flutua
Pelo suor do gozo que me ensopa.
Ardente musa, mansamente nua
Das ancas róseas, qual um ás de copa,
Sonhando o sonho que meu corpo sua,
Topando as transas que meu corpo topa!
Completemos, na cama, o carteado,
Vivamos a volúpia dos instantes,
Sem pensar em futuro ou no passado.
Gozemos nossos gritos delirantes
E pequemos a gula do pecado,
Do sexo sem cismas dos amantes!
Odir, de saída, pelo baralho da vida poética de SILVIA REGINA