Textos
Soneto n.29
PlatonicamenteNo fundo de cada fecundo devaneio.
No veio confuso de todo o meu delírio.
No âmago profundo do que eu tateio.
Na fogo vagabundo do pequeno círio.
É assim que me sinto, e até já receio,
não suportar mais este vil martírio,
que de tua tola loucura me proveio,
ao reler o teu poema - doce e satírio:
Ali me descreves o teu anjo perdido,
a mulher ideal, feito a bela Virgem
e a quem rezavas em um tempo ido.
Ardendo à sombra do teu egocentrismo,
na paixão que é já real (e até vertigem)
tu nos condenas ao eterno platonismo!Silvia Regina Costa Lima
22 de dezembro de 2008
SILVIA REGINA COSTA LIMA
Enviado por SILVIA REGINA COSTA LIMA em 02/01/2009
Alterado em 11/08/2019
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.