Textos
SONETO N. 26OURO BRUTONas manhãs deste meu cansaço,
há uma ausência, e um desatino,
daquilo que dizemos ser destino,
ao descuidarmos do próprio passo.
Procuro realização e algum espaço,
igual emoção do que vai ao refino,
a lapidar ouro bruto em ouro fino -trazendo mais brilho ao que é baço.Retiro as mágoas de cada recanto.
Jogo fora desencanto e o meu medo,
em hora boa de verdade e espanto.
E pensando nesta vida (a que me é dada)
não quero mais ter culpa nem segredo,
rasgar-me ao meio e ser pedaço de nada!Silvia Regina Costa Limadezembro de 2008
SILVIA REGINA COSTA LIMA
Enviado por SILVIA REGINA COSTA LIMA em 21/12/2008
Alterado em 23/08/2011
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