SILVIA REGINA LIMA
Escrevo e me transporto para dentro daquilo que escrevi.
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Textos
Soneto n. 16


Inferno


Um
dia distante, bem além das lendas,
além ainda dos tempos da esperança
[pois ela vem trazendo
a bonança]
resolvi ir ao encontro das contendas.

Mal sabia que haveria certas prendas,
como se fosse algum jogo de criança
cujo prêmio seria só a desesperança -
da qual lotei mil cadernos e agendas.

Não adiantou nem mansidão ou flor,
não, e sangrei com essa descoberta,
machucada em dormência e em dor.

Tudo o que me restou é inenarrável:
teu desamor [emoção dura e incerta]
é perdição sem luz -
Inferno instável
!

Silvia Regina Costa Lima
8 de outubro de 2008

Obs: poema  ficcional

SILVIA REGINA COSTA LIMA
Enviado por SILVIA REGINA COSTA LIMA em 06/11/2008
Alterado em 11/10/2009
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