Isadora Duncan
nome artístico de Dora Angela Duncanon (de S.Francisco 1877 - Nice, 1927) foi uma grande bailarina. Precursora da dança moderna em sua proposta de instaurar uma dança completamente diferente do balé clássico, inspirou-se em movimentos da natureza - ventos, palmeiras - e em poses encontradas em cerâmicas e esculturas da Grécia Antiga.
Possuía uma atitude transgressora e espírito livre que a tornaria um símbolo para o feminismo. Sempre deixou-se levar por movimentos espontâneos, criando vigoroso e livre estilo pessoal. Correndo como uma bacante, livre de espartilhos, meias e sapatilhas de ponta,com túnicas vaporosas, os pés descalços e os cabelos semi-soltos, libertou a arte suspensa há séculos nos vasos gregos do Louvre, que lhe serviram de inspiração e evocação do espírito dionísiaco.
Utilizava músicas consideradas não apropriadas para dança, como peças de Chopin e Wagner, que na época eram apenas para serem ouvidas. Desenvolveu sua carreira na Europa no início do sec. 20,e obteve imenso sucesso, sobretudo pela novidade e pelo caráter universal de sua dança.
Ela causou escândalo em sua época ao trocar os Estados Unidos pela União Soviética, afirmando: “Prefiro viver de pão preto e vodca e sentir-me livre, a gozar as delícias da vida americana sabendo-me prisioneira.”
Após a separação do casamento com um poeta russo, Isadora voltou para a França (Nice) onde passou seus últimos anos e, nessa época, havia já abandonado os palcos, atravessando uma fase de decadência, Tomava remédios e vivia entregue ao alcoolismo. Escreveu em 1927 o livro biográfico “Minha vida”, relatando os principais fatos de sua vida e carreira até o momento em que vai para a União Soviética.
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Aclamada como iniciadora do balé moderno e um espírito vivo da dança, discriminada pela postura independente e revolucionária, inspirou poetas e artistas e é ainda hoje um ícone de sua época.
Isadora morreu tragicamente,aos 49 anos. Ela morreu da mesma forma espetacular como viveu, quando seu echarpe ficou preso nas rodas de um carro conversível e morreu estrangulada.
O desastre e afogamento de seus dois filhos em 1913 mais o fato de,um ano depois, dar a luz a um terceiro bebê do sexo masculino (que ela julgava a reencarnação de Patrick) morto horas após o parto, e o suicídio de seu ex-marido, o poeta russo Sergei Esenin (1895-1925), martirizaram Isadora até sua morte em Nice a 14 de setembro de 1927
"Está de luto a graça do mundo! Isadora Duncan desapareceu com as linhas predestinadas do seu corpo e o abençoado condão de sua arte" - Revista da Semana, Rio, 1927.
Adeus, amigos! Vou para a glória,dissera, ao entrar no carro.
Em agosto de 1916, aos 38 anos de idade, Isadora Duncan apresentou-se no Brasil no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
Em homenagem à bailarina, foi criada em 1979, a Isadora Duncan Dance Foundation, em Nova Iorque.
Texto retirado da Net, corrigido e editado por mim.
Frases de Isadora: