SILVIA REGINA LIMA
Escrevo e me transporto para dentro daquilo que escrevi.
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Textos
Série Personagem n.23

O MÚSICO

E nesta alta e solitária mansarda,
sou meio rebelde...meio mutante:
corpo franzino...óculos...nariz fino,
roupa amassada, frio semblante
numa cabeça intensa e pensante.

Despindo o terno, eu fico terno;
sonho e relevo o modesto quarto,
também o quanto me sinto farto,
tão cansado de aulas particulares;
quem me dera Paris ou novos ares.


Mas apenas me importa o instante
em que, ao fechar a minha porta,
sento-me contente ao velho piano,
que é um tirano e um amigo amado,

com quem já estou bem acostumado.

E para olvidar o meu fado errante
,
dou início ao instante de celebração
espalhando no ar uma linda canção
que é feito um rito, feito um grito,
da minha alma sensível - e amante.

...
Ah! Então soe...cante minha melodia
cresça, esparrame-se - se agigante
e, saindo dos meus dedos, do papel,
suba (bela) envolvendo terra e céu

com seu som imperecível e radiante.
***
Silvia Regina Costa Lima
28 de janeiro de 2010








telhados e mansardas de Paris

Te dedico


 
SILVIA REGINA COSTA LIMA
Enviado por SILVIA REGINA COSTA LIMA em 16/02/2010
Alterado em 22/11/2013
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