SILVIA REGINA LIMA
Escrevo e me transporto para dentro daquilo que escrevi.
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Textos
Série Personagem n.18


Perséfone/ Core

O Rapto

No jardim, com as minhas criadas, eu corria entre flores, e brincava
no calor daquela tarde de janeiro,  quando um cavalheiro ali chegou
e, bem ligeiro, com ele me levou - asseverando o quanto me amava.

...

Tive bastante medo...tive pavor porque, cedo,
nós deixamos a Terra...
chegando do outro lado de manhã. Era Hades, daquele reino, Senhor.
Foi assim que me falou: "Agora
Core, minha linda flor, coma a romã".
...

Ouvi minha mãe me chamar lá fora, mas fiquei com esse homem eterno,
poderoso...caloroso ...grande deus - que me transformou em sua amada,
e em dama mais que respeitada, no seu intenso, e denso reino interno.
...
Passando seis meses na Terra, ficava com saudades, triste e sozinha.
Passando os outros ali, no inferno, deixava a mãe, o castelo, as vinhas...
Mas, terno, deu-me o que desejei, e me coroou:
Perséfone, a sua Rainha!
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Poema de Silvia Regina Costa Lima
26 de junho de 2008



PERSÉFONE

Proserpina  tela de Dante Gabriel Rossetti 1874, Londres)

Perséfone é a donzela do Renascimento e da Regeneração identificada com a Lua, a Primavera, as Serpentes e o Mundo Subterrâneo.

Na Mitologia Grega, Perséfone ou Coré corresponde à deusa romana Proserpina ou Cora. Era filha de Zeus e da deusa Deméter, da agricultura, tendo nascido antes do casamento de seu pai com Hera.

Quando sua grande beleza e feminilidade começaram a brilhar, em sua adolescência, chamou a atenção do deus Hades que a pediu em casamento. Zeus, sem sequer consultar Deméter, aquiesceu ao pedido de seu irmão. Hades, impaciente, emergiu da terra e raptou-a levando-a para seus domínios (o mundo subterrâneo), desposando-a e fazendo dela sua rainha.

Sua mãe, ficando inconsolável, acabou por se descuidar de suas tarefas: as terras tornaram-se estéreis e houve escassez de alimentos, e Perséfone recusou-se a ingerir qualquer alimento e começou a definhar. Deméter, junto com Hermes, foi buscá-la no mundo dos mortos (ou segundo outras fontes, Zeus ordenou que Hades devolvesse a sua filha). Como entretanto Perséfone tinha comido algo ali (uma semente de Romã) concluiu-se que não tinha rejeitado inteiramente Hades.

Assim, estabeleceu-se um acordo, ela passaria metade do ano junto a seus pais, quando seria Coré, a eterna adolescente, e o restante com Hades, quando se tornaria a sombria Perséfone. Este mito justifica o ciclo anual das colheitas.

Perséfone é descrita como uma mulher de beleza estonteante, pela qual muitos homens se apaixonaram, entre eles, Pírito e Adônis. Foi por causa de Adônis que Perséfone se tornou rival de Afrodite, pois ambas disputavam o amor do jovem, mas também porque Afrodite tinha inveja de sua beleza. Embora Adônis fosse seu amante, o amor que Perséfone sentia por Hades era bem maior. Os dois tinham uma relação calma e amorosa.
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texto retirado da net e editado por mim



Escultura das fotos:  O Rapto de Prosérpina ( escultura em mármore de Bernin, século XVIII, Roma, Galerie Borghése)  -  A deusa dos Infernos


A FORÇA DO DETALHE:

É notável o afundamento dos dedos de Plutão
na pele de Prosérpina, deixando literalmente
"palpável" tanto seu esforço para a fuga quanto
o empenho do deus em agarrá-la, causando esta
maravilha de nos fazer duvidar se é de pedra:







SILVIA REGINA COSTA LIMA
Enviado por SILVIA REGINA COSTA LIMA em 28/12/2008
Alterado em 21/12/2009
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